Você certamente já conhece ou já ouviu falar sobre drogas vasoativas (fármacos que agem de forma rápida e intensa no sistema cardiovascular). São medicações muito utilizadas em serviços de Urgência e Emergência e UTI.
Na prática médica, quando estiver diante de um paciente hemodinamicamente instável, você não vai ouvir seu professor perguntando por que aquela é a droga de escolha naquele caso específico, qual efeito colateral ou mecanismo de ação.
Na verdade, o que você vai ouvir é a equipe multiprofissional perguntar:
“Qual diluição você quer?”;
“Qual será a dose inicial?”; e
“Vamos puncionar acesso venoso central?”
Saber princípios de farmacologia e fisiopatologia é fundamental, mas não é suficiente. Por isso, resolvemos trazer para vocês alguns segredos das drogas vasoativas importantes na prática.
1) Diluição
De modo geral, as drogas vasoativas precisam ser diluídas. Cada serviço pode ter uma diluição padrão, que deve ser respeitada, por motivos de segurança, já que toda equipe está acostumada com aquela diluição, e alterar isso pode gerar confusão desnecessária e desfecho desagradável,
2) Velocidade de Infusão
Vai com calma! Mesmo com drogas como a dopamina, que tem efeitos diferentes em doses diferentes, o recomendado é começar com doses iniciais mínimas e ajustar de acordo com a resposta do paciente.
3) Saiba retirar
As drogas vasoativas devem ser vistas como soluções passageiras. O objetivo é manter o paciente vivo e bem enquanto a causa base da sua patologia é corrigida. Tão logo os alvos terapêuticos sejam atingidos, o ideal é suspender a droga vasoativa (mas aos poucos), caso o paciente mantenha dados vitais aceitáveis sem a droga.
4) Defina o acesso
Cateteres periféricos apresentam mais risco de extravasamento da droga, o que pode causar isquemia e necrose no tecido adjacente. Além disso, acessos centrais são mais confiáveis: podem ser usados por mais tempo, com menos risco de perda do acesso;
Por outro lado, cateteres centrais também têm desvantagens: apresentam maior risco de bacteremia e sua inserção está sujeita a complicações graves, como pneumotórax e perda de fio guia no interior do paciente.
Geralmente, quando um paciente precisa de drogas vasoativas, ele precisa de um acesso venoso central; porém, não atrase o início dos inotrópicos e vasopressores pela falta do cateter central — inicialmente eles podem ser administrados em veia periférica.
5) Saiba prescrever!
Por último, mas não menos importante! É necessário que saibamos prescrever a droga vasoativa de escolha.
Há na literatura diferentes “guias de bolso” com doses iniciais das diferentes drogas vasoativas. Porém calcular doses durante o seu plantão pode demandar muito tempo, não é mesmo?
Nesse sentido, a Calcmed promete facilitar a sua vida!
Com dados básicos do seu paciente, a nossa calculadora de “Drogas Vasoativas” fornece a dose, diluição e taxa de infusão prontos para uso na prática médica.